quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O papel da Rádio Educativa nos dias de hoje


Programação educacional não é privilégio exclusivo das emissoras de televisão, o rádio foi pioneiro quando o assunto foi instruir a sociedade. Programas que tem como foco preparar o cidadão para as adversidades que virão existem desde o início das transmissões. Mas, lógico ainda tinham um alcance muito precário, basta ver que no início do Séc. XX, o aparelho de rádio era produto para os mais abastados.

Há registros que consideram como os primeiros programas de rádio de cunho educativo ainda entre os anos que compreendem 1910 e 1918 nos EUA e em alguns países da Europa, mas como era de se esperar esses dados ainda são muito desencontrados visto que como boa parte desses programas era transmitida por rádios clubes ficou difícil verificar seu alcance à época.

No Brasil, o primeiro apoiador da educação no rádio foi Roquete Pinto, considerado por muitos o pai da radio transmissão no Brasil, foi graças a ele inclusive que ainda na década de 30 houve os primeiros experimentos com uma espécie de televisão primitiva, mas foi no rádio que sua influência se fez mais presente, originando grandes idéias que se proliferaram em todo o país nas décadas seguintes.

Um dos mais famosos foi o projeto Minerva, adotado pelo governo Militar Brasileiro durante a década de 70 do século passado, o projeto consistia em levar educação para as mais remotas áreas do país que não conseguiam ter atendidos os seus direitos à educação, o projeto foi pioneiro por levar o ensino a localidades remotas na região norte e centro-oeste do país, mas sua utilidade começou a entrar em declínio a partir da década de 80 tendo se restringido a poucas localidades, como em favelas do Rio de Janeiro, por exemplo.

Em fins da década de 90 e nos dias de hoje, a programação educativa no rádio é uma cópia do que é transmitido nas emissoras de televisão e de certo, a linguagem sai prejudicada e o apelo audiovisual da imagem não consegue suprir com exatidão quem está ouvindo, em virtude de redução de custo as empresas não investem em trabalhar a linguagem para diferentes meios de comunicação.

Em tempos de ensino de tecnologias, o rádio caiu no ostracismo. Mas, nem por isso deve ser visto como um coadjuvante, migrando para novas plataformas como a Internet, o rádio ainda tem como ser um grande canal de aprendizado e ampliar potencialmente sua utilidade como grande ferramenta de educação.


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