A Universidade Federal de Sergipe (UFS) é uma das mais tradicionais IES do Estado. Por ano, perto de seis mil estudantes adentram a instituição em busca de diversos sonhos e possibilidades nos mais diversos cursos, entre eles os de comunicação social que figuram num curso relativamente disputado. É claro que com a ampliação das vagas a concorrência deu uma reduzida que outrora era sempre acima de 10, 12 candidatos/vaga, sobretudo Jornalismo.
Os Cursos de Comunicação na UFS tiveram início em 1993. Já não são cursos tão recentes assim, mas padecem de infra-estrutura como era de se esperar de algumas instituições públicas. No começo, os cursos que compunham o DAC (Departamento de Artes e Comunicação) eram os cursos de Artes, Jornalismo e Radialismo. Ainda que artes fosse um curso de licenciatura, mas conviveu bem durante mais de 15 anos, Hoje o Departamento de Comunicação Social (DCOS) é composto pelos cursos de: (Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Audiovisual e o Núcleo de Artes e Design Gráfico (NADE) composto pelos cursos de Artes Visuais e Design.
Radialismo na UFS foi de 1993 à 2008. |
Radialismo chegou a ter seu reconhecimento pelo MEC ainda em 2002. Mas foi oficialmente extinto dos cursos de comunicação a partir do vestibular de 2009/01. Deixando um pouco desamparados os estudantes que ao certo não sabiam o que iriam acontecer na época, se poderiam se formaram como radialistas ou com o novo currículo de Audiovisual. Embora essas discussões à época ficassem pairando muito mais nas cabeças dos estudantes que estavam para adentrar a vida na Universidade, a mudança já adivinha de uma realidade que começava a ocorrer em boa parte das IES do País.
Rádio é visto como um ensino auxiliar a prática de comunicação, não sendo dado o devido crédito pelas instituições. A verdade é que mesmo as a entidade que gere os radialistas se enfraquece ao nem mesmo reconhecer o valor da formação de um radialista. Por exemplo, um radialista não poderia assinar as próprias matérias isso ficaria a cargo de um jornalista, com pisos salariais muito baixos, o rádio Brasileiro acabou enfraquecendo nas academias em detrimento do amadorismo de muitos que iniciaram as transmissões ou, em cursos técnicos - Caso em especial dos Radialistas formados em Itabuna na Bahia.
Atualmente o ensino de rádio na UFS resume-se a poucas técnicas de conhecimento acerca do meio de comunicação. Claro, ensinando-se aos que ainda buscam conhecer por exemplo, Direção de programas de rádio, argumentação e roteiro de programas, técnicas de produção em rádio. Na área rádiojornalística, estudos acerca da evolução da comunicação comunitária, e aspectos quanto a criação de fato noticiosos, crônicas e afins no rádio são facilmente explorados.
Contudo, quando se trata em explorar assuntos mediante o futuro da Mídia Sonora e a influência de Novas Tecnologias, o buraco é gigantesco. Há hiatos imensos na condução do ensino. Talvez, desinteresse por boa parte dos professores, talvez desinteresse do próprio alunado, o rádio vêm entrando em um período de ostracismo na principal academia Sergipana por conta de não explorar adequadamente as novas realidades vislumbradas pelo rádio e pela Mídia Sonora como reais possibilidades de ensino
A Rádio UFS.
Durante o processo de Expansão Universitária (REUNI) que injetou recursos em troca do aumento gradativo no número de vagas nas instituições de ensino, diversos cursos receberam aportes consideráveis e conseguiram criar uma infra-estrutura capaz de atender a novas demandas internamente quanto externamente, dessas conquistas, prédios novos, novos cursos (audiovisual, Design e Publicidade e propaganda, exemplo) além das tão malfadadas cotas.
Outra realização por conta da ingestão de recursos foi à criação da Rádio UFS. Emissora FM da Universidade Federal de Sergipe. A Rádio, que na verdade possui concessão de exploração pela EBC (Empresa Brasil de Comunicação) trouxe um pouco mais de possibilidades ao ensino dos estudantes, conta com um bom prédio e a emissora vem se destacando como fonte de conhecimento (desenvolvendo o tripé - Ensino, Pesquisa e Extensão), pois a cada semestre são abertos editais para que alunos possam produzir seus programas (supervisionado por seus professores) além de oferecer uma nova opção ao público da Aracaju e proximidades.
Durante a produção de minha monografia, conversei com o atual coordenador da emissora, prof. Dr. Josenildo Guerra que já buscava preparar o rádio quanto tecnologias para a possível implantação do sistema digital de transmissão. Embora o mesmo não soubesse precisar quando nem, de que forma o sistema poderia ser útil para o ensino dos estudantes.
E, dessa forma, o ensino de rádio na UFS vem caminhando. Com um curso que já figurou num dos mais concorridos próximo de sua criação, extinto anos depois e não havendo uma renovação no ensino dessa importante mídia de massa, os futuros operadores de comunicação por vezes saem da academia sem descobrir para onde caminham as novas informações na mídia sonora e o prazer especial em lidar publicamente através do microfone e no dial das emissoras.
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