domingo, 16 de janeiro de 2011

Rádio 3G: A mais nova fronteira do Rádio?

Quando nós falamos em rádio móvel (rádio automotivo) na certa já lembramos em CD's, mp3's, DVD's e mais recentemente, o sistema de comunicação via Bluetooth que permite que você transfira arquivos de seu aparelho celular ou receba ligações do aparelho sem ter que atendê-lo diretamente do aparelho, bastando só falar diretamente que o rádio recepciona o sinal de transmissão do celular.

Mas o que você diria se dentro em pouco tempo você pudesse ouvir uma rádio web do som de seu carro? Isso já existe e é possível desde 2009. Uma empresa alemã, a Blaupunkt criou um aparelho capaz de se comunicar com o aparelho celular de tal forma que é possível ouvir uma rádioweb diretamente do som automotivo, uma "graça" que de tão simples que essa notícia saiu, poucas pessoas deram reais considerações quanto às implicações que esse rádio poderá trazer à radiodifusão nos próximos anos.


Rádio 3G da Blaupunkt apresentado em 2009

O rádio que se conecta à Internet ou, Rádio 3G (pois a conexão com a internet envolve banda larga de alta velocidade) é tema de meu próximo artigo, que espero publicar num evento próximo (provavelmente o Intercom) No qual eu comento as implicações que o rádio 3G poderá trazer para a radiodifusão no Brasil e as políticas de ensino de radiodifusão dentro das academias Brasileiras.

Por que falar sobre esses assuntos? Ora, porque as escolas de jornalismo do país ainda costumam delegar o rádio em um plano de destaque menor que o impresso e a televisão. Isso se reflete inclusive no baixo número de pesquisadores no país na área de Mídia Sonora, se comparados com estudos envolvendo a TV e a Mídia Impressa, pior ainda é quando buscamos identificar pós-graduações específicas na área de radiodifusão, aí o funil se afunila ainda mais.

Quanto ao Rádio 3G, em meio às discussões sobre o SBRD (Sistema Brasileiro de radiodifusão Digital) que, permite o “Simulcasting”, ou seja, (um Hibrido entre os padrões IBOC e o DRM – segundo a Portaria publicada em 2010). Na verdade, não foi sancionado pelo executivo, Por conta das intensas pesquisas ainda desenvolvida no País entre os dois sistemas. Mas uma coisa é certa, a Internet no rádio automotivo trabalhará com implicações das quais pouco se discute. Por exemplo: O Fato de você estar no som de seu carro numa cidade como Belo Horizonte, e ouvir uma rádio ao vivo da Alemanha, estando no trânsito próximo a Pampulha. Imagine então que várias pessoas façam a mesma coisa? Será que as empresas de radiodifusão locais e/ou regionais estão preparadas para enfrentar essa concorrência global?

Apesar de estarmos bem no início das discussões, será interessante daqui pra frente observar como ficará o mercado radiofônico não só, Brasileiro, mas, global nos próximos anos.
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